quinta-feira, 25 de abril de 2013

Pela moral e bons costumes

Tenho reparado ultimamente que tudo o que ouvi de um sábio professor de literatura do cursinho é verdade. Pra quem teve aula com o Müller, talvez lembre de uma vez que ele falou que a moral é cíclica.
Após períodos de extrema privação de liberdade e censura intelectual, há uma necessidade quase incontrolável de se expressar de todas as formas possíveis. Como todos sabem, o Brasil passou por quase 20 anos de ditadura militar e apesar dessa realidade nos parecer distante, tal fator influencia a moral do povo até hoje.
Quem tem menos de 30 anos (como eu) não vai se lembrar da ditadura em si, mas muito provavelmente já ouviu dos país pra nunca jamais esquecer o RG ao sair de casa. Parece uma orientação óbvia a todos nós, mas na época da ditadura se você fosse pego sem documento poderia ser preso. Esse tipo de hábito que já está consolidado em nossa sociedade, nada mais é que um dos muitos reflexos da ditadura vivida pelo nosso país.
Após esse momento histórico, logo depois de 1985, a consolidação do nosso atual modelo de governo fez com que os jovens se libertassem de todas as censuras que antes eram sofridas. Engraçado que se olharmos para trás, perceberemos que há 20 anos as pessoas falavam, faziam e escreviam o que tinham vontade. E isso sem sofrer nenhum tipo de retaliação. No ano de 1987 uma novela da rede Globo chamada brega&chique tinha em sua abertura a música 'Pelado' da banda Ultraje a Rigor e mostrava um homem caminhando com nu dorsal. Sim, isso foi em 1987 quando o Brasil havia acabado de sair de uma ditadura militar (abertura da novela aqui:  http://goo.gl/9WBSm ). Também nessa época bandas nacionais cantavam a liberdade e o desejo de ser o que se queria. É estranho pensar que um cantor homossexual assumido podia fazer músicas de amor e viver sua sexualidade de forma natural. Mas Cazuza foi assim, Renato Russo foi assim e tantos outros que na ânsia de viver de maneira simples, abdicaram de padrões inexistentes de moral.

Avançando um pouco na história, nos anos 90, programas de humor como Tv Pirata, Sai de Baixo e até alguns quadros do Casseta&Planeta faziam críticas sociais, argumentavam sobre a realidade do povo brasileiro e expunham conteúdos que eram proibidos poucos anos antes.
Lembro de assistir na minha infância, alguns programas considerados 'para família' onde havia total exposição de nudez/sexualidade. Quem nunca viu uma banheira do Gugu que sempre escapava um mamilo "polêmico" ? Quem não assistia a feiticeira e a tiazinha rebolando com fio dental em canais abertos em plena tarde de domingo? Quem não assistiu a praça é nossa e via a Vera Verão dando pití com aquele UEEEEPA? Quem não cansou de ver Roberta Close em programas do Silvio Santos e espantem-se... sendo tratada como mulher (pois é isso que ela era/é).

Isso tudo nos anos 80/90 ... Curioso como percebemos que nem sempre se caminha para frente. 
Como havia dito no início, a moral é cíclica e hoje isso é constatado com muita clareza. Não sei onde começou esse puritanismo barato, mas sei que de uns 10 anos pra cá, as pessoas simplesmente se doem por tudo, se ofendem por tudo e o pior... querem censurar tudo. 
Vejam bem, não estou dizendo que pode tudo, é claro que existem limites para se dizer o que pensa, mas cada vez mais esses limites estão ferindo o ego de terceiros. Creio que desde que você não ofenda a subjetividade de um indivíduo, o que for dito é de total e completa responsabilidade (leia-se problema seu) sua. Esse pessoal criado assistindo desenho da Nickelodeon poderia ter assistido desenho da cultura, quem sabe não seriam menos ofendidos com as falas alheias. Esse pessoal que assiste seriado americano poderia assistir vez ou outra os contos de Nelson Rodrigues 'A vida como ela é', quem sabe não seriam menos magoados com tudo. 
Não digo que todos devessem ser escrachados, pornográficos e sexuais. Só gostaria (utopia) que respeitassem quem é ou gosta de ser assim. Até quando esse tipo de gente vai influenciar a personalidade de quem tem a necessidade de se expressar?
Engraçado é que alguns dizem: 'mas eu não sou obrigado a ver/ler esse tipo de coisa' Então, deixa eu contar um segredinho... você não é obrigado! Pode simplesmente fechar o navegador, mudar de canal, ou simplesmente procurar algo que lhe agrade. Mas por favor, não fique julgando quem simplesmente é diferente de você. Isso se chama etnocentrismo e acontece quando olhamos o mundo com uma única perspectiva (aprendi nas aulas de Inserção Social que tive no curso de Nutrição). Sim, porque quem vai lidar com seres humanos, seja um professor ou um profissional da saúde, deve aprender a respeitar o olhar, a realidade, os desejos e anseios dos outros. Por mais que você não viva aquilo, por mais que não seja a sua realidade, por mais que não goste ou concorde, o respeito deve ser primordial.
Fico impressionada como a censura chega em lugares cujo a proposta é liberdade de expressão. O twitter e um bom exemplo disso. A maioria se julga da ~~zuera~~ mas se você não faz parte daquela panelinha, logo tratam de ridicularizar você. Ai eu penso... quem é que ta zuando mesmo? Porque ao meu ver, esses são os que mais levam tudo a sério. Não é a toa que tem esse estrelismo dentre alguns usuários do site.

A verdade é que a pessoa que se propõe a viver da maneira que se quer é a mais errada, a pessoa que diz o que está pensando é a mais julgada, a pessoa que brinca com a própria desgraça e situação é a mais levada a sério. Enquanto os outros, bom, os outros estão zuando. (será?)
Se tem uma coisa que eu já aprendi na vida é que não há piada sem vítima, e se você julga alguma minoria uma vítima, na verdade o erro está em você e não no outro.

Se a pessoa leva twitter a sério vai levar o que na brincadeira?
Chega a ser ridículo com o tanto de pornografia gratuita que tem por aí uma mulher ser tratada como puta quando mostra um pouco de pele em um dia que se sentiu bonita. 
Chega a ser ridículo com a educação defasada que o nosso país tem uma pessoa ser ridicularizada quando escreve ou fala algo errado. Chega a ser ridículo um país que sofreu com ditadura militar retroceder ao ponto de questionar se é certo ou errado duas pessoas do mesmo sexo se amarem.
Chega a ser ridículo. 
Ai eu penso que eu deveria ser política, porque se o povo me leva a sério quando eu mesma não me levo, to perdendo tempo/dinheiro fazendo faculdade.

Em suma, ta tudo errado.


"Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém"

Nelson Rodrigues

sábado, 28 de julho de 2012

Todo mundo odeia a Amanda

Qual a melhor maneira de evitar que as pessoas te difamem nas rodas sociais?
Sendo uma boa pessoa? Sendo sincera, amiga, compreensiva, educada, política e visando sempre os bons contatos profissionais para não se indispôr com seus colegas?
ERRADO!
A melhor maneira de evitar que as pessoas falem atrocidades sobre sua conduta é dizendo ao mundo todos os podres sobre si próprio primeiro. No fundo, a fofoca não circula por conta de seu conteúdo, mas sim por ser inédita, exclusiva, um mero furo jornalístico. A verdade é que eu ando intrigada com o rumo que o mundo está tomando. Não por conta da violência, sexo explícito e muito menos pela derrubada de árvores em florestas tropicais. Estou me perguntando cada dia mais como podem as pessoas se preocuparem mais com confete do que com críticas que poderiam/deveriam ser construtivas
Pode analisar qualquer rede social em ascensão no momento. É muito mais valorizado tem centenas de amigos que curtam sua atualização de status super relevante dizendo que 'HOJE TEM' do que alguns poucos e bons amigos que atendam o celular de madrugada quando você termina com o namorado e esta mal. A realidade é que a maioria se preocupa em fazer a política da boa vizinhança e ser agradável do que ser verdadeiro e acrescentar algo de interessante à vida de alguém quando dá um 'toque' em relação a comportamento, conduta, visão ou até mesmo aparência.
Obviamente não vou me fazer de vítima dizendo que sou profunda, intelectual, inteligente e estou sofrendo com a superficialidade das pessoas. Óbvio que não!
Até porque eu mesma sou baixa, fofoqueira, crítica, fútil e filha da puta quando me convém.
A diferença é que eu não me importo com a imagem que estou passando. Muito pelo contrário!
Sinto até certo conforto e alegria em saber que sou desprezada, criticada e chamada de maldita pelo baixo clero. Não sei explicar o que acontece no meu ego. Mas creio que ninguém chuta cachorro morto e para ser odiada, uma pessoa deve ser primeiramente admirada. Por isso digo com a maior convicção que não odeio ninguém. Eu simplesmente desgosto de algumas pessoas e desprezo outras. E claro, acima dessas duas eu A-DO-RO provocar o desconforto.
Me importo com o que duas pessoas pensam ao meu respeito no mundo inteiro. E se essas duas únicas pessoas me amarem, me aceitarem e respeitarem pelo que sou, me dou por satisfeita. E não, claro que não são meus pais!
Há algum tempo me dei conta de uma coisa que talvez (e muito provavelmente) não seja uma verdade para todos. O princípio básico para (minha) felicidade é que para ser plena e feliz uma pessoa tem que se amar acima dos defeitos, imperfeições e inúmeras falhas que tenha. Porém, para se amar, essa mesma pessoa tenha que se conhecer primeiro. Do contrário, não é amor, é uma idealização, uma fantasia sobre a própria essência. A questão é que ninguém mais se conhece, sendo assim não se ama e desta forma são praticamente obrigados a usarem uma maquiagem super corretiva que tira todo defeito chamada Facebook/twitter/sorriso falso. Uma espécie de pó compacto HD da Mac que deixa qualquer pele manchada perfeita como bumbum de neném.
Mas como todo pó compacto HD da Mac, essa maquiagem custa caro, muito caro por sinal. E como sou limitada de recursos financeiros, não uso maquiagem cara. Nem a de usar na pele, tampouco a de usar em rede social/vida social.
Sim, eu confesso que detesto ser adorada por mais de seis pessoas em cada núcleo que frequento. Sim, eu confesso que sinto uma sensação boa quando sei que estão falando (mal) ao meu respeito. E sim, eu sei que 90% das pessoas que convivem comigo fazem cara de nojo quando eu entro no recinto.
Mas eu não ligo, aliás eu ligo sim e adoro! Porque no fundo eu sei que se em um dia de aula comum uma pessoa cheia de amigos e popular da minha turma levantar e dizer que tem um 'recado' pra dar, metade da turma ignora e essa pessoa vai ter de pedir silêncio novamente. E se por um acaso eu levantar no meio da aula pra dizer que tenho um 'recado' para turma, sei que mesmo me odiando, a turma fica quieta e escuta o que tenho a dizer.
Não se trata de ser amado, mas sim de ser respeitado.
E se vai me odiar, pelo menos tenha um motivo coerente, porque alegar que falo o que penso e sou grossa por não fazer média pra agradar ninguém é um pouco fraco ao meu ver!
E eu achando que motivo pra despertar rancor nas pessoas era ser falsa... ai ai como sou tolinha.

Um beijo pra quem me ama e dois pra quem me odeia
=*

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Amizade no seu quadrado


Já percebi que algumas pessoas são bastante flexíveis em relação a seus posicionamentos. Considero uma virtude se for para evolução pessoal do indivíduo e sempre louvável por não ser convicto de posturas que talvez não sejam das mais adequadas. O que me preocupa são as pessoas volúveis que não sabem nem quais são suas ideologias e valores, mesmo que estes sejam temporários.
O que mais vejo hoje em dia são pessoas que começam a namorar e em questão de poucos meses já perdem o limite do que é personalidade própria do que foi construído na relação amorosa. Acredito que antes de iniciar um relacionamento, ambos são atraídos pela essência do pretendente. Da maneira de ser, personalidade e múltiplos fatores que tonam qualquer ser humano único. Depois de um tempo, os dois tem os mesmo amigos, frequentam os mesmo lugares, dividem os mesmos passa-tempos e almejam as mesmas coisas. Óbvio que em uma relação madura, existe o desejo de construir junto, viver junto. Mas deixar de lado as particularidades e subjetividade de cada um dos envolvidos é no mínimo desprezível.
Pode parecer egoísmo, e talvez seja. Mas dividir amigos em comum em um namoro/casamento é praticamente dar um tiro no pé do casal. Vou tentar explicar o motivo.
Imagine um casal de namorados que possuem diversos amigos em comum. As amigas dela, são namoradas dos amigos dele. Se conheceram todos por intermédio de algum dos envolvidos e todos são muito amigos e unidos. Parece uma cena bonita e muito bacana, mas não é.
Amigo serve pra confidenciar segredos, pedir opinião, ajuda e colo. Amigo é aquela pessoa que sempre vai estar ali pra dividir suas alegrias, agonias e até mesmo ficar do lado sem dizer nada.
Agora imagine que esse casal maravilhoso cheio de amigos em comum brigue, se desentenda ou até mesmo termine a relação. O que qualquer pessoa faz quando isso acontece? Procura sua rede de apoio... os amigos. E lá vai um dos dois desabafar, pedir colo e conselho para um de seus companheiros.
Formou-se a tragédia. O seu amigo, companheiro, comparsa e aliado não é e nunca vai ser somente seu amigo. Sim, ele vai tomar partido e vai sim ser desleal a uma das partes. Vai se meter onde não deve pois sabe demais sobre os dois. Se ocorrer uma traição ou existir fatos que possam fazer com que o casal não se entenda será culpa do amigo contar ou não. Não importa qual decisão tome, ele vai ser mais amigo de um que de outro e isso não é questionável.
O que estou tentando dizer é que não importa o quão maravilhoso o namoro ou casamento seja, ambos os envolvidos precisam do seu espaço, suas particularidades e principalmente dos seus amigos. Amigos esses que devem ser exclusivos e pessoais. Não estou dizendo também, que nenhum dos dois deva conhecer a família e colegas do outro. Só reforço que não se pode colocar tudo no mesmo saco e achar que vai ser sempre um mar de rosas. Tenho know-how o suficiente no assunto para afirmar que amigo de casal sempre será traidor. Pode parecer drama, e talvez seja, mas eu prezo minhas amizades como sendo um dos pilares da minha existência e não suportaria ver nenhum amigo meu escondendo, omitindo, mentindo ou ocultando qualquer fato que um amigo devesse contar a seu irmão de alma. Até porque eu jamais esconderia, omitiria, mentiria ou ocultaria qualquer fato que eu julgasse importante um amigo saber. Eu quero sempre ver os meus queridos bem, fazer de tudo para tornar a dor menos dolorosa, as alegrias mais alegres e os sorrisos mais sinceros. Por isso digo: nunca fui, não sou e nunca serei amiga de namorado(a) ou cônjuge de amigos meus. Eu sou fiel, leal e parceira de MEUS amigos. Apenas.
Por eles eu cometeria crimes, acobertaria erros, traições, seria cúmplice de qualquer atrocidade sem pensar nos demais pois sou leal e fiel a eles, meus amores, meus amigos. Amizade tem que ser tudo ou nada e quando se é "amigo" de casal você na verdade não é amigo de nenhum. Apenas alterna a apunhalada nas costas de um dos dois. É um morde e assopra sem fim.
Se precisar melar namoro alheio pra defender amigo meu.... farei com o maior prazer. Se precisar dedurar traição pra amigo meu... farei com o maior prazer! Faço o possível e o impossível para dar suporte ao meu eleito e não passo panos quentes pra sustentar relacionamento furado que atrasa a vida de amigo meu.
Acho que está na hora das pessoas pararem de achar que todo mundo é confiável e se agarrar (desesperadamente) nos poucos amigos que a vida gentilmente nos dá o prazer de cuidar. Amigo é coisa séria e tem muita gente banalizando esta palavra. Chamando qualquer um de 'best' e metendo os pés pelas mãos quando o assunto é caráter e honra. Estou longe de ser conservadora, mas quando o assunto é amizade eu posso ser considerada um lord inglês por tamanha honradez, respeito, fidelidade e virtude para com meus amigos.
Aprendam que amigo de namorado não é amigo seu e amigo seu não é amigo de namorado.
E se infelizmente é, não deveria!

(Um beijos para os meus amigos que por estes eu mato, morro e acabo com o namoro se precisar, pra vê-los felizes)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Você têm pudor?

Significado de Pudor

s.m. Discrição, recato que impede que se diga ou se faça algo que ofenda a decência, a honestidade, a modéstia; pejo, vergonha.
Moralmente, todos temos pudores, mas a sensação que fica é que na verdade o pudor existe apenas para o outro e não para nós mesmos. Atire a primeira pedra quem nunca pensou algo sórdido, realmente podre em relação a qualquer coisa mas de maneira alguma admitiria isso em voz alta.
E ai, quem tem a coragem de falar o que sente, o que imagina  e o que deseja em alto e bom tom é caracterizado como sem vergonha (eu).
A hipocrisia é natural do ser humano e creio que isso nunca vá se extinguir pois o que realmente importa é parecer decente, educado, valoroso e correto, não é mesmo? Mesmo que seja tudo mentira.
Como dizia Nelson Rodrigues: Se soubéssemos o que nosso vizinho pensa antes de dormir e vice-versa, ninguém se comprimentava de manhã.
Não to afim de escrever mais porque esse assunto é chato mesmo.
Deixem de ser hipócritas, só isso.



domingo, 28 de agosto de 2011

Víciados em mediocridade!


Pode parecer arrogante, pedante e achismo de minha parte. Mas a verdade é que eu cansei de gente medíocre! Sei que se destacar no meio de bilhões de pessoas é uma tarefa praticamente impossível e nem mesmo eu tenho essa intenção, mas também não precisa ser de massa de manobra de tudo e todos e nem ao menos refletir sobre o que pensa, fala e faz. Ninguém precisa fazer coisas extraordinárias todos os dias, muito menos ser um super-herói, contudo creio que ser idiota e fingir-se um pseudo-intelectual de Internet não seja a solução para disfarçar a medíocridade que nos rodeia.
Acho mais digno, mais bonito, mais autentico assumir-se da maneira que é. Independente de qual maneira seja essa. Veja bem, não escrevo com o intuito de me exaltar frente pessoas que talvez (apenas talvez), não se sintam bem com o que são. Mas ser uma funkeira, dançarina de axé, ou garota de programa é de uma nobreza infinitamente maior do que se matar com os livros da biblioteca da sua faculdade para impressionar professor doutor na aula. Creio que ser quem você é, apesar de ser um clichê, é a maior virtude que um ser humano possa ter.
Não sei ao certo se tentar ser uma "pessoa melhor" seja algo tão louvável. Afinal, quem ama aceita. Não estou dizendo para os alcoólatras continuarem no vício, nem para os assassinos continuarem matando, mas a essência deve ser mantida. Se você fala mal das pessoas... fale. Afinal, se não for pronunciado em voz alta, vai ser pensado e sentido. E sinceramente, que hipocrisia pensar e sentir de uma forma e agir de outra não é mesmo? E ainda tem gente que tem a pachorra de dizer "ai meu deus, me perdoe" logo que solta uma frase maldosa sobre algo ou alguém. Ser medíocre deve ser mais fácil, confesso que deve ser muito melhor ser mediano e não se expor, não se "queimar" mas já que você está aqui (na vida)... viva.
E pelo amor de deus (se você acreditar em algum) deixe de ser medíocre pois além de patético, as pessoas sabem que você não é real. Juro que dá pra perceber =D
E transem! (muito)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Enjoei

Quem nunca foi a uma festa de aniversário de criança e comeu tanto brigadeiro, beijinho, cajuzinho que depois não aguentava sentir cheiro de açúcar por três dias? Ou então aquela música que você achou um máximo quando foi lançada e ouviu tanto que até em seus sonhos a escutava? O ponto é que enjoamos. Enjoamos de praticamente tudo que gostamos e depois de certo tempo de uso ou convivência as coisas não são tão empolgantes como no inicio. Creio que relacionamentos sejam assim, com começo, meio e fim. E no momento que esse fim chega, não significa que deu errado, mas que simplesmente deu certo por um tempo mas algo aconteceu e acabou. Esse algo aconteceu pode ser diversas coisas, mas na maioria das vezes (pelo menos para mim) é quando enjoamos de uma situação. Não acho que pessoas sejam descartáveis e que sempre deva acabar, mas fato é que a maioria dos relacionamentos acaba, mesmo que essa relação não termine. De duas uma, ou o casal se reinventa e consegue inovar de alguma forma, ou o fim é inevitável. Podem achar que essa é alguma forma de promoção a solteirísse, muito pelo contrário. Creio que um relacionamento saudável é aquele que exista paixão, tesão, aquele que há doação em todos os sentidos e cada momento seja eterno dentro das possibilidades da vida útil do casal. E quando começa a dar errado, ficamos devastados, desolados e completamente perdidos pois nem sabemos mais como é viver sem o outro. E para que haja uma recuperaçao dos sentimentos e da vontade de amar.... só mesmo com outro amor. Para os desavisados, a hora certa de dizer adeus é precedida pela indiferença. A verdade é que nada vale a pena sem vontade, sem obstinação. O desejo de que seja para sempre, mesmo que o sempre SEMPRE acabe é o que mantém tudo lindo e inabalável, é o que faz a vida valer, é o que deveria ser cultivados e valorizados na sociedade atual. Acho incrivel como em dias modernos, onde tudo é rápido, descartável e extremamente mal selecionado ainda existem pessoas que mantém uma situação qualquer apenas por comodidade. Enjoamos do video-game, enjoamos dos programas de televisão, enjoamos das pessoas. Acho melhor enjoar de alguém do que enjoar de viver, de amar e de ser feliz.
A verdade é que enjoei de muita coisa, de muita gente e as vezes até de mim. Mas como não é possível me deixar eu sigo assim, me renovando a cada vez que não me suporto mais. Acho que é muito egoísmo de nossa parte, ficar preso em qualquer coisa que não nos dê prazer quando existe tanta coisa lá fora... no mundo. 7 bilhões de pessoas nesse mundo e você aí com medo de ficar solteiro. Posso ser sincera? Tem tanta gente lá fora, tanta gente pra conhecer, viver e enjoar que eu não entendo como algumas pessoas conseguem ser tão simplórias e deixar o mundo escapar.
Tchau... fui viver.

Não enche!


Respeito é aquilo que é direito e dever de todos, certo? 
Errado.
Pelo menos não quando se trata de respeito as opiniões e ideologias das pessoas que nos cercam. Parece que estar de mal humor e querer ficar na sua é crime ou pecado. Se eu tenho que suportar as pessoas insuportavelmente alegres e empolgadas quando estou mal, porque as pessoas super animadas não podem simplesmente me deixar em paz quando eu não estou em paz?
Essa mania absurda de achar que todos sempre devemos estar dispostos, felizes, alegres, receptivos e bem humorados, além de me irritar me faz pensar de onde surgiu essa absurda ideia de que estar bem é o normal. Não me entendam mal, não ou depressiva muito menos amargurada, mas realmente acho que estar alegre a maior parte do tempo não é o mais comum, o usual. Não estou dizendo também que todos devessem fechar a cara e resmungar aos quatro ventos, mas se tratando de século XXI, creio que a maioria das pessoas tenham muito com o que se preocupar e fingir que os aborrecimentos não existem, não nos ajuda a resolvê-los. Dificuldades temos sim, o tempo todo mas o encarar o problema e aceitar que a vida não é perfeita mas pode melhorar é o que faz (creio eu) uma pessoa ser mais evoluída que outras que preferem ser alienadas e mentir para si próprias que o mundo é maravilhosamente perfeito. Respeitar as diferenças e respeitar o estado de espírito de cada individuo não é apenas algo elogiável, mas um dever, uma obrigação desses animadinhos de plantão. 
Pode parecer que isso é argumento de uma pessoa que vive irritada, e realmente é, mas o fato de não estar completamente satisfeita e feliz é o que me faz crescer, ter senso crítico e ver o mundo da maneira que ele é. Nem com um óculos cor de rosa, nem com óculos escuros. Apenas uma lente transparente que me proporciona enxergar os fatos com maior clareza e discernimento para não ser injusta comigo mesma. Em primeiro lugar eu respeito meus sentimentos, minhas raivas, amores, paixões, alegrias e conflitos. Então... não encha o meu saco quando eu já estou de saco cheio. E muito menos me pergunte o que eu tenho quando eu não estou a fim de falar o que estou sentindo. Afinal, se eu quisesse desabafar, eu o faria.
um beijo para os sem noção que acham que eu tenho que estar very happy all the time.